Pi 297632 COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS- GOVERNO DE MT

VERdade

Governo Federal lança Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens

Por Secom Gov.BR
Publicado em 23-09-2024 às 09:28hrs
São 79 ações que serão implementadas de forma interministerial, com previsão orçamentária de R$ 17 bilhões. Relatório divulgado nesta quarta (18) mostra que mulheres ganham, em média, 79,3% do salário de homens com mesmo cargo

Lançado nesta quarta-feira, 18 de setembro, o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens tem ações voltadas à ampliação e à permanência das mulheres no mercado de trabalho, assim como à ascensão a cargos de direção e gestão e ao enfrentamento às discriminações no espaço profissional. O lançamento do Plano marcou também a divulgação do 2º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios. Segundo o estudo, as mulheres recebem apenas 79,3% do salário de homens no mesmo cargo (20,7% a menos) nas 50.692 empresas com 100 ou mais empregados.

O Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral está respaldado em estudos e pesquisas que evidenciam índices elevados de desigualdades e disparidades entre mulheres e homens no mundo do trabalho, considerando a interseccionalidade de raça, etnia, geracional e capacitismo.

A iniciativa busca dar transparência às ações que estão sendo implementadas de forma transversal pelos ministérios envolvidos — 10 no total –, alinhada ao Plano Plurianual (2024-2027). A previsão orçamentária do Plano, durante os quatro anos, é de R$ 17 bilhões.

São 79 ações divididas em três eixos:
EIXO 1 — Acesso e ampliação da participação das mulheres no mundo do trabalho (36 ações);
EIXO 2 — Permanência das mulheres nas atividades laborais (19 ações);
EIXO 3 — Ascensão e valorização das mulheres no mundo do trabalho (24 ações).

"O Brasil já é um exemplo na criação de uma lei diferenciada, que traz a questão da transparência salarial e de critérios remuneratórios. A nossa meta é que sejamos também destaque na implementação dessas ações e da mudança desse problema, que atinge mulheres do mundo inteiro”, frisou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

"O Brasil já é um exemplo na criação de uma lei diferenciada, que traz a questão da transparência salarial e de critérios remuneratórios. A nossa meta é que sejamos também destaque na implementação dessas ações e da mudança desse problema, que atinge mulheres do mundo inteiro”

Cida Gonçalves
Ministra das Mulheres

Para a ministra, a discussão da igualdade salarial entre homens e mulheres não passa apenas pela questão salarial. "O desafio de você discutir a igualdade é você discutir onde estão as mulheres e como estão as mulheres. Essa é a nossa responsabilidade enquanto governo. Nós sabemos que se as mulheres estivessem em cargos de poder, estivessem em outro lugar, possivelmente a relação com a sustentabilidade, com a natureza, com a justiça climática, com a vida e com a realidade do povo brasileiro seria outra", pontuou.

ONU — O Plano se insere na agenda dos compromissos assumidos pelo governo brasileiro para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que tem como meta alcançar a equidade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

"Esse evento representa e simboliza tudo aquilo que é necessário para que a gente possa, de fato, alcançar e almejar a promoção da igualdade entre mulheres e homens em todas as esferas. Representa, de fato, essa articulação e mobilização que é preciso para a gente poder transformar as relações culturais na nossa sociedade", disse a representante da ONU Mulheres no Brasil, Ana Paula Querino.

COMITÊ GESTOR — Um Comitê Gestor será criado para monitorar o plano, coordenado pelo Ministério das Mulheres. Ele será composto pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Igualdade Racial, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O objetivo é articular, monitorar e avaliar a execução das ações governamentais que integram o plano entre mulheres e homens.

GRUPO DE TRABALHO INTERMINISTERIAL — O Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens é resultado da atuação do Grupo de Trabalho Interministerial criado por meio do Decreto nº 11.514/23. Ele teve uma participação quadripartite: dez ministérios, sete centrais sindicais, seis confederações empresariais e sete instituições públicas e de pesquisas e organismos internacionais.

Foram realizadas nove reuniões para reunir evidências sobre as desigualdades no mundo do trabalho. Desde sua primeira reunião, em setembro de 2023, o GTI debateu estratégias para a efetividade da aplicação da Lei da Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios (Lei 14.611/2023), além de outras ações.

Acesse aqui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens na íntegra.

RELATÓRIO — Durante o evento de lançamento do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens, foram apresentados dados do 2º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios. O levantamento indicou que as mulheres ainda recebem 20,7% menos do que os homens nas 50.692 empresas com 100 ou mais empregados.

A média salarial dos homens é de R$ 4.495,39, enquanto a das mulheres é de R$ 3.565,48. A disparidade é ainda mais acentuada entre mulheres negras, que ganham, em média, R$ 2.745,26 — apenas 50,2% do salário de homens não negros, que chega a R$ 5.464,29. Já as mulheres não negras têm um rendimento médio de R$ 4.249,71.

 

Comentários (0)

A Verdade MT não se responsabiliza pelos comentários aqui postados. A equipe reserva-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julgar ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional, inseridos sem a devida identificação do autor ou que sejam notadamente falsos, também poderão ser excluídos.

Lembre-se: A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica. Você pode optar por assinar seu comentário com nome completo ou apelido. Valorize esse espaço democrático agradecemos a participação!

Outras Notícias

ECONOMIAVer Mais