Com a intenção de ouvir a população que utiliza o transporte público diariamente, o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná Filho (MDB), foi um dos co-autores do Projeto de Decreto de Legislativo, aprovado na terça-feira (25.05), que prevê a convocação de plebiscito para que a sociedade escolha qual modal de transporte público deverá ser implantado na capital, o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) ou VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
Juca reiterou que o Legislativo cuiabano deveria ter participado das discussões desde o início do processo. Ele comenta que após assumir a presidência da Casa de Leis solicitou uma audiência com o governador para tratar sobre o assunto, mas o encontro ocorreu apenas quatro meses depois.
“Nós, da classe política, no máximo vamos andar de curiosidade, no máximo no dia que tiver a inauguração, mas a população que vai usar diariamente para ir ao trabalho, para ir ao colégio, para ir ao médico, essas pessoas precisam ser ouvidas. Não podemos pegar uma decisão monocraticamente e decidir que vai ser o BRT porque vai economizar tantos milhões”, comentou.
O presidente da Câmara ressaltou que defende a conclusão do VLT, pois acredita que o modal é moderno e vai atender as demandas da população, e que o BRT está ultrapassado.
Ele ainda comentou sobre a vistoria que realizou junto com o vereador Sargento Vidal (Pros) no vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que estão estacionados no Centro de Comando Operacional, em Várzea Grande. Para Juca, os veículos estão em perfeito estado de conservação.
“Eu estive in loco onde estão os vagões, disseram que eles estavam deteriorando, mas não estão. Tem uma empresa que está fazendo a manutenção. O que está rodando hoje lá na Hungria é o mesmo VLT que está em nossa cidade vizinha Várzea Grande”, disse.
A obra do VLT está parada há seis anos e recebeu investimentos que somam mais de R$ 1 bilhão, porém continua sendo motivo de transtorno à população.
Centenas de empresas que ocupavam as principais avenidas da capital, por onde passariam os veículos, tiveram prejuízos. Além disso, milhares de árvores foram retiradas dessas mesmas avenidas e nunca foram substituídas, tornando o cenário do lugar que leva o título de “Cidade Verde” em cinza.
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