O conselheiro destacou que a estrada é um dos principais corredores comerciais do estado e importante via acesso para a população do interior que buscam a Capital.
“A situação é gravíssima. Estamos falando de uma estrada que funciona como um dos maiores corredores comerciais para o desenvolvimento do nosso estado, interligando várias cidades produtoras das regiões Sul e Sudeste. Uma estrada que é a fundamental para deslocamento para cerca de 1,5 milhão de pessoas que moram no seu entorno, em especial para aquelas que precisam buscar a Capital. A população corre risco, vidas estão em jogo. A situação em que a estrada se encontra nos demanda um debate que necessita de convergência e nos impõe união. No mundo moderno não deve haver mais trincheira entre interesse público, social e meio ambiente, é preciso pensar em soluções sustentáveis”, pontuou o novo presidente do TCE para o biênio 2024/2025.
Também presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade do TCE, Sérgio Ricardo afirmou que diante dos últimos incidentes na MT-251, já iniciou tratativas com o Governo do Estado, Ministério Público Estadual, deputados estaduais, federais e senadores para uma discussão ampliada que traga ações urgentes e de resultado para toda a sociedade.
“Assim como tivemos sucesso com o Governo Federal e Estadual nas discussões da ferrovia estadual, com a Mesa Técnica, onde o tribunal reúne todos os envolvidos para discutir problemas pontuais no estado, queremos novamente encontrar a melhor solução para essa estrada. Já iniciamos as discussões e vamos, logo na primeira quinzena de janeiro, convocar as autoridades, especialistas, para encontrar um caminho”, enfatizou o conselheiro. Sérgio Ricardo destacou também a importância da estrada para o desenvolvimento do turismo em toda a região.
“A Salgadeira, que historicamente foi uma das principais áreas de lazer dos cuiabanos, terá nova gestão a partir de 2024. Na semana passada estive reunido com o presidente da Fecomécio, que já me comunicou que no início do ano estão previstas uma série de melhorias e que será instalado ali o Sesc Salgadeira. Todos esses fatores que eu mencionei reforçam a necessidade de buscar a regularidade e solução para a questão do trânsito e do transporte com sustentabilidade e responsabilidade ambiental”, afirmou.
O conselheiro explicou que há uma gama de exemplos positivos dessa união ao redor do mundo e que devem ser observados por Mato Grosso.
“Parques nos EUA possuem estradas que cortam seus limites, estradas duplicadas com 2 ou 3 faixas de cada lado, com passagens de fauna, bases operacionais de gestão ambiental, combate a incêndios florestais, entre outros e, aqui, estamos padecendo por falta de entendimento na infraestrutura e na gestão ambiental.”
Para o conselheiro, só será possível aproximar a população da natureza com bons serviços, infraestrutura adequada e recursos financeiros. “A estrada de Chapada dos Guimarães pode ser inovadora no país. Pode ser a primeira a gerar recursos para sua própria manutenção e até mesmo ajudar ao próprio parque, como um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). Seria uma grande parceria entre o Governo Federal, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Governo do Estado.”
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