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VERdade

O Livro que Rompe o Silêncio sobre a Intervenção (2017-2025)

Por ASSESORIA Arautos do Evangelho
Publicado em 22-11-2025 às 18:17hrs
A Crônica do Comissariado dos Arautos do Evangelho
Arautos do Evangelho

A publicação do livro "O Comissariado dos Arautos do Evangélio - Crônicas dos fatos 2017 a 2025: Punidos sem diálogo, sem provas, sem defesa" marca um ponto de inflexão na prolongada intervenção canônica da Associação privada de fiéis Arautos do Evangelho. Após mais de oito anos sob a administração de um Comissariado, a obra surge como um poderoso dossiê de 700 páginas que promete forçar um debate sobre a transparência e a legalidade do processo dentro da Igreja Católica.
A matéria detalha o conteúdo explosivo do livro, as implicações canônicas e a reação esperada no Vaticano e entre os fiéis.
1. 🏛️ A Intervenção: Da Suspeita à Perplexidade (2017)
A intervenção nos Arautos do Evangelho, uma das associações católicas de maior crescimento e notoriedade na virada do século, começou em 2017. Naquele ano, o Papa Francisco determinou, através da antiga Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (hoje Dicastério), a nomeação de um Comissário Pontifício
.
A decisão foi precedida por uma Visita Apostólica, mas, segundo o livro, as razões que culminaram no Comissariado nunca foram plenamente esclarecidas aos líderes da Associação. O foco oficial era revisar a natureza do carisma da instituição, intenção esdrúxula, pois e contrária aos ensinamentos do Concilio Vaticano II. 
O fundador, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, que em 2017 já vivia com as sequelas de um AVC a sete anos, afastou- se dos cargos de direção da Associação. 
Contudo, a obra afirma que a intervenção rapidamente extrapolou essa natureza, evoluindo para uma gestão plena e rigorosa, que os autores classificam como "gestão de tutela e repressão".
O livro documenta que o Comissariado foi implementado sem o devido processo contraditório, ou seja, a chance de defesa e diálogo prévio, um pilar fundamental do Direito Canônico e Civil Este é o ponto central da acusação dos autores: a aplicação de uma punição drástica sem que os acusados tivessem conhecimento formal das provas ou tivessem oportunidade de refutá-las.
 
2. 📝 O Dossiê de 700 Páginas: Fatos, Não Opiniões
O que distingue este livro de meras declarações é a sua composição. Cerca de 30% do material é estritamente documental. São transcrições de decretos, comunicações internas, correspondências com o Vaticano e registros públicos, todos apresentados cronologicamente (de 2017 a 2025).
A obra detalha o que os Arautos consideram excessos e incongruências da gestão comissarial:
* Bloqueio de Vocações: A intervenção mais sentida é a proibição categórica de novas ordenações sacerdotais e diaconais, bem como a admissão de noviços. O livro estima o número de vocacionados impedidos de seguir sua trajetória, algo que impacta diretamente o futuro da Associação e gera uma crise vocacional artificial.
* Gestão Financeira e Administrativa: Os autores questionam a transparência de certas decisões administrativas tomadas pelo Comissariado, alegando que houve descontinuidade de projetos e prejuízos ao patrimônio institucional.
* Fechamento dos Projetos educacionais : O livro aborda o fechamento dos projetos educacionais, privando de maneira totalmente arbitrária aos menores do acesso educação. Mesmo diante de um abaixo-assinado de 2650 pais e responsáveis!!
Citação Chave do Livro: "Não se trata de uma obra apologética, mas sim de uma crônica factual. Queremos que a Igreja Universal e os fiéis leigos possam julgar por si mesmos se a intervenção foi justa, necessária e conduzida sob os princípios da caridade e do Direito Canônico."
 
3. ⚖️ O Ponto de Vista Canônico: O Problema da "Ausência de Defesa"
O título do livro — "Punidos sem diálogo, sem provas, sem defesa" — é uma grave alegação canônica. Em essência, os autores, liderados pelo Prof. Dr. José Manuel Jiménez Aleixandre (Doutor em Direito Canônico), argumentam que:
1. Violação do Cânon 221: Este cânon assegura o direito de todo fiel a ser julgado de acordo com as normas de direito, com aplicação de equidade canônica.
2. Direito à Boa Reputação (Cânon 220): A intervenção prolongada e a falta de esclarecimento público teriam manchado a reputação dos Arautos perante a comunidade católica, sem que lhes fosse permitido reparar formalmente a sua honra.
A tese do livro é que o Comissariado transformou-se de uma medida "provisória de auxílio" em uma "punição" de longa duração, uma ação desproporcional às supostas faltas que motivaram a intervenção inicial.
 
4. 🌍 Repercussão e Implicações Futuras
O lançamento deste material não é apenas um evento editorial; é um ato de mobilização de opinião pública dentro do universo católico.
A expectativa é que a obra gere:
* Pressão no Dicastério: O conteúdo detalhado e as alegações de falhas processuais devem pressionar o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada a fornecer um posicionamento oficial, seja para refutar as alegações ou para acelerar o fim da intervenção.
* Debate Jurídico: O livro pode servir como base para futuras ações legais ou recursos à Assinatura Apostólica, o supremo tribunal da Igreja.
* Divisão de Opiniões: Enquanto os membros e simpatizantes dos Arautos veem a obra como um grito por justiça, setores da Igreja podem interpretar a publicação como um ato de insubordinação.
A obra se estabelece, assim, como o registro histórico e legal de uma das mais complexas e duradouras intervenções da Cúria Romana no século XXI.
 
O Grito Por Justiça e a Defesa da Verdade Histórica
A publicação de "O Comissariado dos Arautos do Evangelho - Crônicas dos fatos 2017 a 2025: Punidos sem diálogo, sem provas, sem defesa" não é apenas um ato de desabafo ou insubordinação; é, sobretudo, um documento histórico e jurídico que cumpre um dever de consciência. O livro se posiciona como a defesa fundamental de uma associação católica que se viu sob intervenção por quase uma década, alegadamente sem o devido processo legal.
Os organizadores, com formação em Direito Canônico e Filosofia, sustentam que o Comissariado, iniciado em 2017, transformou-se numa punição injustificada, privando os Arautos de direitos básicos como o diálogo, a apresentação formal de provas e o legítimo direito de defesa, ferindo o princípio do Cânon 221 da Igreja.
Ao trazer à luz mais de 700 páginas de documentos e cronologias rigorosas, o livro se estabelece como a principal fonte de informação para a verdade dos fatos. Ele desafia o silêncio, questiona os prejuízos à vocação de dezenas de seminaristas e busca a reparação da reputação institucional.
Em última análise, esta obra é um apelo público e documentado à Justiça e à Reparação, garantindo que a versão dos Arautos do Evangelho seja inequivocamente registrada, permitindo que católicos e a sociedade em geral formem seu próprio juízo sobre a complexa intervenção. O livro é, portanto, um marco na busca pela verdade e pelo fim de um processo que, segundo seus autores, prolongou-se em detrimento da justiça e da caridade.

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