Em uma reunião fechada o diretório nacional do PT referendou a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa para disputar as eleições presidenciais em 2022. A decisão era dada como certa no partido. Na mesma reunião, o partido aprovou a federação com PCdoB e o PV.
O diretório nacional do PT sustenta que é preciso "buscar ampliar o apoio a Lula em outros setores políticos e sociais do campo democrático" e que a coligação nacional com o PSB "será importante passo" nessa direção. "Confirmará nossa disposição de, no governo, implementar um programa de reconstrução e transformação do Brasil, ampliando nossa base social", diz a resolução aprovada pelo diretório nacional.
O PT afirma, na resolução, que a política de alianças e a tática eleitoral do partido serão definitivamente aprovadas no encontro nacional do partido em 4 e 5 de junho. Antes disso, no início de maio, Lula e Alckmin devem participar de ato público juntos, em evento no qual os petistas pretendem mostrar um amplo arco de apoio.
A reunião dessa quarta foi virtual e contou com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, 87 membros do Diretório Nacional do partido, e os líderes do partido no Congresso, como o senador Paulo Rocha e o deputado federal Reginaldo Lopes.
A composição da federação ainda é um ponto de divergência entre os partidos. Por um lado, PV e PCdoB querem ter mais poder de decisão, diante de resistências do PT, maior partido da federação.
A decisão sobre contar com Alckmin como vice apenas avaliza um acordo que vinha sendo costurado pela cúpula do partido desde o fim do ano passado. A primeira aparição pública de Lula e Alckmin juntos foi durante o jantar do Grupo Prerrogativas em São Paulo, que contou com lideranças de ambos os partidos, além de apoiadores de outras legendas, como o senador Renan Calheiros (MDB), e o senador Randolfe Rodrigues (Rede), que entrou para a coordenação da campanha de Lula.
Na semana passada, o ex-governador participou de uma reunião com Lula e as cúpulas do PT e do PSB em um hotel em São Paulo. Durante o encontro, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, entregou uma carta a petistas em que formalizou a indicação de Alckmin como vice de Lula.
Nessa quarta, o PT adiou o lançamento oficial da chapa, marcado para 30 de abril, para o dia 7 de maio. A mudança se deu para ajustar a agenda petista com a de partidos aliados, como o PSB, que fará seu Congresso Nacional, e o PSOL, que promoverá sua Conferência Eleitoral - ambos os eventos se encerram no dia 30.
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