Já está em vigor em Mato Grosso a Lei 12.423/24, que proíbe o uso de coleira antilatido em cachorros. Objetivo é proteger os animais de possíveis maus-tratos. Publicada no Diário Oficial no último dia 06, essa lei é de autoria do deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Botelho destaca na lei os diversos tipos de coleiras usadas para controlar o animal, são acessórios que agridem, é o caso da coleira de choque, a eletrônica, elétrica estática e a que emite descarga elétrica por controle remoto ou automaticamente, opções usadas para manter o comportamento do cão controlado.
Dessa forma, o Poder Executivo deverá regulamentar a fiscalização ambiental e a aplicação de multa aos infratores, recursos que poderão ser destinados aos órgãos públicos ou entidades especializadas à proteção animal.
“Criamos essa lei para preservar o bem-estar dos cachorros, evitando a prática de maus-tratos", destaca Botelho, ao justificar a medida citando o artigo 23 da Constituição da Federal: "É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: preservar as florestas, fauna e a flora".
O médico veterinário Gabriel Rodrigues, de Cuiabá, explica que é necessário considerar todas as formas para manter o bem-estar animal, sem que haja o uso de qualquer dispositivo que traga malefícios, é o caso da coleira antilatido.
Rodrigues destaca que na medicina veterinária tem crescido muito a quantidade de leis que garantem a proteção dos animais, dentre elas a que proíbe a mutilação, como, por exemplo, o corte da cauda, que vai contra a proteção animal.
“Gostaria de agradecer o deputado Botelho por essa lei que assegura mais proteção aos cachorros, para que parem de usar esse dispositivo. Aliás, a coleira antilatido deveria ser proibida no mundo inteiro. Pois, se a pessoa não quer que o cachorro fique latindo, então, que nem tenha o animal. Porque quem deseja colocar uma coleira antilatido num animalzinho, com certeza, não pensa no bem-estar. Às vezes, a pessoa não tem nem condições financeiras de ter um cachorro, para fazer o protocolo vacinal, o banho e a tosa. Então, antes de ter um cachorro é preciso analisar as possibilidades de manter as condições dignas de vida do animal”, alertou Rodrigues.
A Verdade MT não se responsabiliza pelos comentários aqui postados. A equipe reserva-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julgar ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional, inseridos sem a devida identificação do autor ou que sejam notadamente falsos, também poderão ser excluídos.
Lembre-se: A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica. Você pode optar por assinar seu comentário com nome completo ou apelido. Valorize esse espaço democrático agradecemos a participação!