Mato Grosso marca presença na Global BirdFair 2025, que é realizada entre os dias 11 e 13 de julho, em Rutland, no Reino Unido, com um posicionamento ousado: se consolidar como referência global em ecoturismo e observação de aves. A participação ocorre dentro do estande oficial do Brasil, organizado pela Embratur, e que reúne ainda Mato Grosso do Sul, Ilhabela (SP) e dois operadores especializados no segmento, sendo um deles Giuliano Bernardon, da Birding Pantanal.
Com mais de 15 mil visitantes esperados e 245 expositores de diversos países, a feira é considerada a maior vitrine internacional para destinos voltados à vida selvagem e conservação ambiental. Esta é a primeira vez que o Brasil participa com um estande próprio, reforçando o objetivo de atrair o crescente público britânico — que já ocupa o 10º lugar no ranking de turistas internacionais que visitam o Brasil, com alta de 20% no primeiro semestre de 2025.
Segundo a superintendente de Política e Promoção do Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Júlia Assis, a seleção de Mato Grosso como um dos cinco coexpositores pela Embratur foi estratégica.
“Nossa missão é promover o potencial único do estado por meio do fortalecimento da sua imagem como destino de natureza, com foco na observação de aves. Mato Grosso é o único estado brasileiro que abriga três biomas de importância mundial — Pantanal, Amazônia e Cerrado — todos ricos em biodiversidade. Estamos aqui para mostrar que é possível viver experiências imersivas, sustentáveis e transformadoras em nossas paisagens naturais”, destaca.
Representando o norte do estado, a empreendedora e conservacionista Vitória da Riva, fundadora da Fundação Ecológica Cristalino e do Cristalino Lodge, reforça a importância científica e ambiental da região de Alta Floresta.
“O Mato Grosso talvez seja o maior potencial do Brasil em turismo de natureza. Temos três ambientes distintos — Pantanal, Cerrado e Amazônia — cada um com sua fauna, flora e paisagens únicas. Só na região do Cristalino, por exemplo, temos 12 mil hectares de áreas preservadas, e das 80 espécies de aves endêmicas da Amazônia, 25 podem ser avistadas ali. Isso é um dado de enorme relevância para o turismo e a conservação”, afirma.
Ela também destaca a importância de unir os atores dos três biomas mato-grossenses para fortalecer a imagem do estado no cenário global.
“Precisamos enaltecer essa diversidade incrível e promover Mato Grosso como um destino completo, que oferece experiências para todos os tipos de observadores e pesquisadores”.
Mercado europeu
O evento também é parte de uma estratégia mais ampla da Embratur para aproveitar o crescimento do interesse britânico no Brasil. Segundo dados do órgão, 68% dos britânicos têm interesse em visitar o país, que hoje conta com três rotas diretas entre Londres e o Brasil, com 24 voos semanais e mais de 8 mil assentos disponíveis.
Com experiências que vão do avistamento de araras-azuis no Pantanal ao som misterioso do uirapuru na Amazônia, Mato Grosso quer aproveitar os holofotes da Global BirdFair 2025 para atrair operadores e visitantes em busca de destinos autênticos, biodiversos e comprometidos com a conservação.
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