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POLITICA

Corregedor do MP quer limitar manifestações públicas e postagens em redes sociais

Por Da redação PNBonline
Publicado em 21-01-2025 às 08:48hrs
Conforme o documento, a Corregedoria recomenda que promotores e procuradores de Justiça “evitem comportamentos que impliquem a busca injustificada por reconhecimento social ou a autopromoção, em manifestações de qualquer natureza”.

O corregedor-geral do Ministério Público de Mato Grosso, procurador João Augusto Veras Gadelha, emitiu uma recomendação aos membros do órgão para que evitem comportamentos voltados à autopromoção, exposições em perfis pessoais e publicações em redes sociais que demonstrem apoio público a candidatos ou partidos políticos.

Conforme o documento, a Corregedoria recomenda que promotores e procuradores de Justiça “evitem comportamentos que impliquem a busca injustificada por reconhecimento social ou a autopromoção, em manifestações de qualquer natureza”.

Além disso, o corregedor orienta cautela aos membros do Ministério Público ao realizarem publicações em seus perfis pessoais. Recomenda-se que evitem conteúdos que possam ser interpretados como demonstrações de apoio público a candidatos ou que evidenciem, mesmo de maneira informal, vínculos com partidos políticos. Também alerta para que sejam evitadas publicações que impliquem atos discriminatórios relacionados a raça, gênero, orientação sexual, religião ou outros valores.

Manifestações públicas

A recomendação foi emitida na quinta-feira (16.01) após membros do Ministério Público se manifestarem em redes sociais e entrevistas sobre a recente declaração do governador Mauro Mendes (União). O governador sugeriu o uso de câmeras corporais não apenas por policiais militares, mas também por juízes, desembargadores e promotores.

O procurador de Justiça Domingos Sávio Barros utilizou suas redes sociais na quinta-feira (16/01) para se posicionar sobre o tema. Sem mencionar nomes, classificou a declaração do chefe do Executivo como ofensiva, revelando “total ignorância”.

Na sexta-feira (17.01), o procurador de Justiça Alexandre Guedes também comentou o assunto em entrevista ao PNB Online. Ele destacou que as atividades realizadas por membros do Ministério Público e por policiais militares não devem ser confundidas. Como exemplo, mencionou um caso ocorrido em São Paulo, no qual policiais militares foram gravados jogando um homem de uma ponte na Zona Sul da capital paulista.

Declaração polêmica

Em entrevista à rádio CBN, Mauro Mendes defendeu o uso de câmeras corporais por membros do Judiciário e do Ministério Público. A declaração foi alvo de críticas do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, e da Associação Mato-Grossense de Magistrados (Amam).

Para a Amam, a postura do governador foi “lamentavelmente ofensiva” e representou um rompimento na harmonia entre os Poderes. O presidente do Tribunal de Justiça classificou o posicionamento de Mauro Mendes como irresponsável.

O Ministério Público de Mato Grosso decidiu não se manifestar oficialmente.

   

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