Após registrar oito elevações de preço nas últimas semanas, atingindo o valor mais alto já apurado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) desde 2022, a cesta básica em Cuiabá iniciou dezembro com mais um recuo no seu preço, custando R$ 808,72 na média. Apesar da segunda queda observada de forma consecutiva, dessa vez de 0,63%, o mantimento ainda traz um custo elevado para as famílias na capital, conforme explica o presidente da Federação, José Wenceslau de Souza Júnior.
“Além do preço da cesta permanecer acima dos 800 reais e ficar 9,71% mais caro que o verificado no mesmo período do ano passado, é importante observar variações de preço para menos em determinados produtos, o que ajuda a refletir uma projeção mais positiva para o consumo por parte das famílias em Cuiabá”, afirma Wenceslau Júnior.
É o caso da batata, que apresentou a sua terceira queda consecutiva nesta primeira semana de dezembro, atingindo o menor valor registrado pelo IPF-MT em 2024, de R$ 6,31/kg. O valor atual está 15,74% menor em relação à semana anterior e ficou 0,96% inferior no comparativo com o mesmo período do ano passado.
O tomate também apresentou a quarta queda consecutiva de preço, chegando a ser cotado a R$ 4,89/kg. O recuo de 6,13% observado na primeira semana de dezembro sobre a semana anterior pode estar atrelado ao aumento da oferta do produto nos mercados da capital. Em relação ao mesmo período do ano passado, o preço atual do tomate está 34,32% inferior.
No entanto, produtos considerados essenciais para o consumo das famílias, como a carne bovina, seguem subindo de preço e batendo recorde na apuração do Instituto da Fecomércio-MT. “O quilo da carne continua a subir de preço, atingindo o maior valor da série histórica nesta semana, de R$ 44,85/kg. O aumento de 29,10% no custo do produto no ano também pode influenciar diretamente o consumo neste período de fim de ano”.
Outro produto que apresentou variação considerável na semana foi o óleo de soja, que subiu 2,41% o seu preço e, inclusive, chegou ao seu nono aumento consecutivo, atingindo o valor médio de R$ 9,17/L. O aumento na demanda do produto pode ser o principal reflexo desses aumentos, que também está 25,85% mais caro no comparativo anual.
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