Após ser abandonado pelo seu partido, Democratas, e não emplacar seu sucessor na presidência da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia encontra-se em uma encruzilhada política.
Depois de cinco anos na presidência da Câmara, Rodrigo Maia não conseguiu eleger seu sucessor, Baleia Rossi (PMDB-SP) após seu próprio partido, o DEM, selar acordo com Jair Bolsonaro em favor de Arthur Lira (PP-AL).
Se sentindo traído pelo líder da sigla, ACM Neto, Maia tornou pública sua intenção de sair do partido. No entanto, para não perder o mandato, Maia deve solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que reconheça que sua saída tem motivações legítimas.
"Eu vou pedir nas próximas semanas o pedido de justa causa no TSE", disse Maia "Eu não tenho mais dez anos né, [...] quero continuar deputado defendendo um projeto de centro."
No entanto, tudo indica que a saída de Maia do partido será um processo delicado.
"Até agora a alegação de justa causa tem sido muito dificilmente aceite no TSE", disse a professora da Escola de Políticas Públicas e Governo da Fundação Getúlio Vargas, Grazielle Testa, à Sputnik Brasil. "Baseado [..] em todos os outros pedidos que aconteceram até hoje, é provável que ele não obtenha."
Nesse cenário, Maia poderia permanecer no DEM e exercer o seu mandato "no escanteio".
"De escanteio quer dizer que o partido pode não colocá-lo nas comissões que ele quer, uma vez que boa parte das prerrogativas do parlamentar depende dessa indicação do líder do partido", explicou Testa.
Uma alternativa para Maia seria sair do DEM e deixar o mandato para ser exercido por outro membro do partido.
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