Em matéria assinada pela jornalista Lorena Bruschi, o governo anunciou no dia 23 de dezembro de 2020 que um dos fatores que impactou na decisão do Governo do Estado, que optou pela implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), em vez de retomar as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), foi o alto valor da passagem que o modal possui.
Conforme o estudo técnico, a tarifa do VLT custaria R$ 5,28, enquanto a do BRT ficaria em R$ 3,04 – o que representa uma tarifa 42% mais barata em comparação com a do VLT. No texto, a importância do Governo do Estado de subsidiar o novo modal está clara: “para cobrir a diferença entre as tarifas, haveria o custo adicional de R$1,9 milhões ao mês, cerca de R$ 23,2 milhões ao ano. Seria necessário ainda que o Estado custeasse o montante, subsidiando o preço da passagem, ou que esta diferença fosse repassada para o cidadão, que pagaria mais caro para se locomover na região metropolitana”.
Tarifa a 1 Real
A proposta de tarifa a 1 Real feita por meio de Projeto de Lei do deputado Lúdio Cabral (PT) vai exatamente ao encontro desta preocupação social do governador Mauro Mendes (União). O poder público deve subsidiar o custo da tarifa, para não sangrar o bolso do passageiro. Vale lembrar que o subsídio de tarifa do transporte público é feito em todo mundo civilizado como justiça social; preocupação de defender os direitos dos cidadãos e estímulo ao uso do transporte coletivo.
A conta é neste sentido: para uma tarifa de R$ 3,04 o governo do estado investiria no subsídio do BRT o montante de R$ 23,2 milhões/ano. Se a tarifa for de R$ 1,00 o investimento do subsídio triplicaria, passando para R$ 69,6 milhões/ano. No projeto do deputado Lúdio, em cinco anos de manutenção da tarifa de R$ 1,00, o investimento total em subsídio do governo para o modal seria de R$ 348 milhões. O governo vendeu os vagões do VLT e faturou agora mais de R$ 800 milhões. Portanto sobra dinheiro em caixa para comprar os ônibus novos e para garantir a tarifa de R$ 1,00. Resumo da ópera: qualidade do serviço do novo modal e tarifa justa.
Licitação do BRT e o voto da bancada do governador
O governador Mauro Mendes anunciou nesta sexta-feira (05.07), em nota oficial, que irá cancelar o termo aditivo do contrato de concessão do sistema de transporte intermunicipal em Cuiabá e Várzea Grande, que permitia a operação do BRT por uma empresa pertencente ao irmão do deputado estadual Eduardo Botelho (União).
Na nota, o governador informou que tomou conhecimento pela imprensa de que foi assinado, em dezembro de 2022, o termo aditivo. Recentemente, Mauro Mendes já havia manifestado que será realizada a licitação para operação do novo modal. “O governador determinou à SINFRA e à PGE que adotem as providências cabíveis para cancelar o termo aditivo e a adotar as devidas providências para licitar a operação do BRT”, informou o governo de Mato Grosso.
A bancada do governador Mauro Mendes na Assembleia Legislativa está, a partir de agora, comprometida publicamente em votar o projeto de lei que obriga a realização de licitação para o BRT. Assegurar em lei a decisão do governador de fazer a devida licitação que garante a transparência e a lisura do processo. Ganham os deputados, porque ajudarão o governador a acabar, definitivamente, com qualquer mancha de suspeita de favorecimentos pessoais e familiares. A população também ganha, pela certeza de que as empresas que vão operar o novo modal de transporte intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande serão escolhidas pela força da lei e não por imposições políticas.
Veja, neste link, a íntegra da matéria oficial do Governo do Estado.
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