
Cuiabá iniciou o mês de novembro registrando redução no valor médio da cesta básica. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), a lista de produtos apresentou recuo de 0,78% em relação à semana anterior, o que levou a cesta a custar, em média, R$ 788,54. Com isso, o valor atual volta a ficar 1,25% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
Conforme apontado pelo presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, o novo recuo – incluindo a redução no comparativo anual – reflete um alívio temporário para a renda das famílias após um período prolongado de alta.
Sobre a variação semanal, o presidente da entidade afirmou que “o resultado da combinação entre a demanda mais contida e o aumento da oferta de determinados itens essenciais levou a um equilíbrio momentâneo. Essa situação tem contribuído para conter a inflação alimentar, embora o quadro siga dependente das condições climáticas em alimentos como a batata e o tomate”.
Apesar de estar no fim da safra – o que costuma encarecer determinados produtos –, a batata sofreu redução de 12,25% na média semanal, chegando a custar R$ 3,79/kg. O recuo pode ter relação com a baixa demanda interna, já que, mesmo com oferta reduzida, a queda nas vendas impediu a valorização do item. No comparativo anual, o valor atual está 46,46% menor, pois o produto custava em média R$ 7,08/kg no mesmo período.
O tomate também apresentou queda de preço, contrariando o movimento típico de fim de safra. O produto iniciou a semana custando R$ 5,65/kg, uma variação de 5,33% para menos em relação à semana anterior. Com isso, o item ficou 1,42% mais barato no comparativo anual.
Outro destaque é o açúcar, que apresentou recuo semanal de 5,08%, atingindo R$ 2,01/kg. A safra recorde de cana-de-açúcar, somada à competição com o etanol de milho e à alta produção global, pode ter contribuído para a redução do custo médio do produto. O item também apresenta queda no comparativo anual, de 45,39%, visto que a média registrada há um ano era de R$ 3,67/kg.
Já a carne bovina segue com forte demanda, tanto no mercado interno quanto no externo, e registrou variação positiva de 1,78%. Conforme análise do IPF-MT, o custo de reposição do rebanho está em alta, o que tem levado alguns abatedouros a reduzirem o ritmo de abate.
O leite e a manteiga, por sua vez, apresentaram variações negativas, de 2,63% e 0,18%, respectivamente. Ainda segundo o IPF-MT, o mercado de leite conta com boa oferta interna e com as importações da Argentina e do Uruguai, fatores que contribuem para preços menores. Essa condição se reflete no mercado da manteiga, já que o aumento da oferta de matéria-prima reduz os custos de produção e, consequentemente, o valor ao consumidor.
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