Nos corredores do Hospital Municipal de Cuiabá, Daniel Martins de Souza, 40 anos, é o homem menos apreensivo entre os pacientes que vão e vêm pela unidade hospitalar. Quem lê o prontuário da filha dele que nasceu com Malformação Arteriovenosa da veia de Galeno, doença rara e complexa, pode se surpreender com a tranquilidade deste frentista de 40 anos que veio de Tapurah para acompanhar a filha em cirurgia realizada na quinta-feira (14).
“Hoje tudo é mais tranquilo, mas no início foi um pouco mais nervoso”, diz Daniel. “Os médicos nos tranquilizaram, como todo esse diferencial a gente fica muito mais tranquilo”, completa.
O diferencial a que Daniel se refere é o currículo daqueles que atenderam sua pequena. A menina, de apenas 1 ano e 10 meses, foi atendida por uma equipe multidisciplinar liderada pelo neurocirurgião Wilson Novais, por Elias Rabahi, especialista com formação na França, e pela maior sumidade em neurorradiologia pediátrica na América Latina, o argentino Flávio Requejo. O nível de especialidade e segurança desses profissionais acalmaram Daniel.
Daniel e a esposa, mãe da criança, circularam por diversos hospitais públicos do interior, em Sorriso e Nova Mutum, mas encontraram o tratamento adequado para a filha no HMC. “Não tenho nada a reclamar, só elogios. Eu sou o pai mais grato neste momento”, escreveu Daniel na observação do relatório da ouvidoria do hospital.
A presença de Flávio Requejo em procedimento em um hospital público de Cuiabá só foi possível por conta do trabalho do neurocirurgião Wilson Novais, que trabalha no HMC. O médico convidou o colega argentino para participar do procedimento e liderou uma equipe multidisciplinar durante toda a manhã, resultando em um procedimento bem sucedido.
Novais explica que, se os procedimentos não fossem feitos, a doença da filha de Daniel poderia resultar em epilepsia de difícil controle, falhas no desenvolvimento psicomotor ou ela acabaria, na vida adulta, com alguma síndrome mental. Ao todo, este foi o terceiro procedimento pelo qual a criança passou.
“Esse é um dos casos mais complexos desse tipo de malformação”, conta Wilson. “Esse tipo de procedimento coloca o HMC em outro patamar, eleva o nome do hospital em termo de complexidade, com o que temos hoje nós conseguimos fazer esse tipo de procedimento no HMC com tranquilidade”, afirmou
Junto de Elias Rabahi, Novais possui um programa de educação continuada chamado Connecta Brasil, dedicado à Neurorradiologia. Flavio Requejo, que acompanhou todo o procedimento, elogia o trabalho dos colegas brasileiros e a estrutura do HMC.
“Eu achei o hospital lindo, limpo, com boa organização e funcionamento, a impressão que me deixa é muito boa, estou contente porque vejo que os pacientes estão sendo muito bem atendidos”, diz Requejo. “Os profissionais que tive contato são excelentes e são pessoas muito bem formadas, muitas delas formadas diretamente no Brasil, o que é muito bom”, afirmou.
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